sábado, 27 de fevereiro de 2010

O que o vento está sentindo por mim? pensou, sem olhar ao redor, como aquelas pessoas que acompanham os guias de jornal.

Os últimos avanços da programática, quero dizer, da ciência, em busca do último romance publicado, a cura do câncer.

O melhor coração que eu tenho quando se enche até a borda transborda murmura litígio nem precisa ainda ser uma questão litigiosa mas com o perdão dos vossossauros sentimentos quem ainda está nessa de se sentir ferido tem que ver um condor nos teus olhos ou como bem disse meu amigo marcos visnadi os cachorros trepando num canil na rua no ventre os cães que trepam no meu ventre

os cães que trepam no meu ventre
não lêem a última programação semanal
todos os guias do mundo levam a um mesmo lugar
por favor me levem a algum lugar nenhum junto com ele
ele o rio, ele quem ri em mim, ele o ele que sou
focinho rosa, creolina nas juntas
mata-pulga e avião

é sempre possível um pouco mais - - - ele tem insônia numa noite eu atravesso a sala com um pote de salada de madrugada - - - fresquinha rúcula e alcatrão - - os dedos amarelos, aborígene - - feito, me olha: então? voltastes a escrever?

"sim", mas agora com crueldade.

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