terça-feira, 27 de abril de 2010

quem conseguiu me perder

o que eu esperava era no parque de estacionamentos por um minuto avistar aquele por quem a vida corria. como uma estrela, uma pedra que me arrasava de energia, toda retirada, baratinava. sismo, relíquia. mas então veio todo o mundo do juízo , todo o meu poder de confissão. essa crença de que um falar profundo atingirá por toda superfície a pérola homem que cresce por dentro das ostras, das minhas coxas. transtornando o cotidiano como um pombo que ficou preso na plataforma do metrô, entre a estação de mim mesma e da mulher.

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eu poderia fazer um livro de poemas de novo, ventríloquo. mas não é um livro de poemas. (depois disso até cifrei com um número no título: I) é um livro de um coração pra imensidão partido/ revolto. e que se pergunta onde para onde? o que pode vir e afirmar, sem que fique para trás?

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quanto às citações, referências, reverências: de novo, têm me fatigado. a sucessão recorrente de dados, citações, como se abreviassem a vida. / e eu não conseguisse ler a cifra. ou fossem enganações partimentadas em frente a toda realidade. realidade = caótica, constante, absoluta. é. tudo é precário. às vezes na rua penso como esse velho conseguiu por tanto tempo?

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