domingo, 6 de junho de 2010

não vês que teu mal é perdição? e que descanso além d'em exaustão só há no amor?

que idéia convulsa a que tens do amor, des-vivida, se nas encruzilhadas dos teus imaginários os amores são cães que se encontram, e latem, e saltam atrás das rodas enquanto atravessam a rua e se coçam de poeira na sarjeta

no que coube a mim enterrei todas as cordilheiras, achava. mas viramos as fronteiras de nós mesmos, não é preciso nem voltar-se pras costas e essas coisas sobem em (todos) nós como trepadeiras, fortalezas. que espécie de orgulho é esse que não permite uma pessoa deitar ao lado de outra pessoa. e só isso. um compartimento sem rigidez, um caber-nos.

se eu tivesse olhos nas costas também acharia que o terremoto (quando vier) virá por trás de mim?

que sabe me explicar perfeitamente/ e não me entende / e não entende nada (...)/ e nunca o ato mero/ de compor uma canção foi tão desesperadamente necessário

nem duas palavras consigo escrever sem me sentir improvável, precária, falante. quero o amor pelo ritmo, seja lá isso o que for. amor, excedente.

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