quinta-feira, 15 de julho de 2010

Não encontro
no meio de todas essas histórias
nenhuma que seja minha.
Nenhum desses temas me consola.
Espero ardentemente que me telefonem.
Espero que a chuva pare e os trens voltem a circular.
Espero como se estivesse em Lisboa
e sentisse saudades de Lisboa.
Bateriam à porta, chegariam os parentes queridos, mortos recentes,
e não me dou por satisfeita. Mas os figurinos na noite de
estréia! imediatamente antes!
A goma, o brilho no camarim.

Ana Cristina Cesar, dos Inéditos e dispersos

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