sexta-feira, 6 de agosto de 2010

songs, days, suor

cavei minha ansiedade porque criei uma aterrisagem de futuro no presente. vertigem.

eu não penso o que escrevo, cada vez mais. não penso o que escrevo. é o pensamento que se escreve e pensa enquanto instrumento (a mão-guindaste). e o exagero, exagero. exagero que nunca de mim escapa. a maré tá subindo. vou ter que sair da gruta-delícia.

fico um pouco em dúvida às vezes da eficiência do novo protetor solar. minha capa invernal às vezes caí do armário quando tiro um vestido. com o peso/pêlo dela me assando os dedos penso, preocupamo-nos com cada coisa em cada certa estação.

tudo o que pensamos é colocado para as emoções. talvez escrever signifique nas palavras, efetue?, um sentimento?

pelo menos eu, me ponho em auto-contato.



estou em SAGRES
que coisa estranha é essa?
é a eterna falta do que falar que bate tão indefinida?
é sempre o canto. e eu com ele, só.


cantei "vida louca vida" pro vento e os canhões. e ninguém, ninguém, nem essas ervas, nunca cresceu como eu.



"capacidade de ouvir e surpreender." fpd


o que há de algo a se escolher já se escolheu e não há mais o que mudar. talvez viver. e haverá que preferir outras saídas. criar saídas laterais.


*
e poderíamos atravessar um universo de estrelas. isso na vida toda. e o que calhasse era viver e sorrir, das coisas que me lembro.

se aqui em casa não tivesse um monstro eu te convidava para vir. dançar as hecatombes. mentias como dançavas os rituais. são as únicas mortes que nos são permitidas ou alguém acredita na solidão? estou hoje maduro como se estivesse disposto.

*

estou é justamente interessada em não partir. vamos levantar o ritmo de transformação para o centro da escrita. efetuá-lo para além da vida. é uma nova descoberta para mim que jovens - - - .

saindo do metro na constatação absoluta de que vivo nesta cidade segura, quente em julho.

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