segunda-feira, 7 de março de 2011

Precisaria trabalhar – afundar –
- como você – saudades loucas –
nesta arte – ininterrupta –
de pintar –
A poesia não – telegráfica – ocasional –
me deixa sola – solta
à merce do impossível –
- do real.
 
ana c.

#

Eu me aperto até o osso
descubro envolvo louvo
o novo e encerro o
carnaval não, deixa sangrar.
Minhas cólicas, aftas
os vírus da gripe que me rondam
ccccicuta, nada disso
entra na minha estufa.
Gravidez, gravidade, sim.

- - -

herberto, porque te apresentas com esse terno fátuo em direção ao fogo?


uma coisa que eu ainda gostaria de ver antes de morrer
era o milton nascimento musicando um poema do herberto helder

era o fogo encontrando a água
era uma águia.

herberto coitado com o fogo
helder espantado e a menstruação.

e o milton um deus desses que desce
e anda por aí, por volta de uns lagos.

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