terça-feira, 24 de julho de 2012

as abelhas que salvaram da encosta

começa assim. uma história. começa assim. alguém entre as árvores, salta. alguém que nunca tinha saído de uma ilha. este alguém vê uma abelha. não sei se o pensamento deste alguém sentiu primeiro que corria o risco de ser picado ou se lembrou que as abelhas dão doce mel. mas este alguém não era alérgico, e eu nem sei exatamente se as abelhas dão mel, feito as flores, ou se o fazem; e algum de nós se mete a tirar delas, tudo o que tiver para lambuzar
eu quero. esta história que estou lendo é dos tempos que eu gostava de lápis de cor. mas naquele tempo ainda não sabia sus-ter a respiração de modo a animar, acalmar o corpo, através, talvez, dos batimentos do meu coração. que não se confunde com o coração do nosso herói, que certamente é escrito pelo ritmo deles. sobretudo da expiração.
ontem escrevi. 
o nosso herói sobreviveu a um grande ser, que arrancou as encostas de uma montanha feito essas pontas de lápis que arrasto sobre a mesa, e atirou sobre o nosso herói. que por não ter feito nada com as abelhas do início da nossa história, salvaram-no. 

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