domingo, 29 de julho de 2012

num determinado dia

Quando alguém vem de dentro de uma coisa cultural e certamente não se é européia, nem índia, mas o que se é por toda parte, e se depara com Artaud oscilando pelas experiências com o Peyotl e os Tarahumaras, no reconhecimento desta proximidade: tanto de Artaud, o alucinado sofredor da coragem que nunca vou ser, só se por admiração ou vício, sente-se, senti-me de certa forma estúpida por ainda nunca ter simplesmente escrito do chá, embora muitas vezes já tenha escrito com ele ou usando da força que a combinação fervida de um cipó com uma folha (amazônicos, ambos) por horas de preparo, pode suscitar em um corpo humano, neste caso de mulher, eu. Para além da narrativa se produzir enquanto relato, eu um filtro do contar (fingir que dizer não significa, é um ato), certas coisas me inquietam e certamente são, como todas as coisas que me inquietam verdadeiramente, da ordem das semelhanças. Das semelhanças entre os homens. Por que onde começa e onde termina a natureza? Química, biologia, de nada disso posso dizer. Não tenho ciência. E sei que a poesia nem sempre me visita. Suave implacável mariposa. Divina espécie, este corpo do qual faço parte.

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