sábado, 8 de setembro de 2012

bobeira é não viver a realidade

como vocês podem considerar natural recortar textos de outros e colar, na tua parte, em toda parte, aqui? ou a cara da minha gata (nossa gata) me olhando enquanto tomo banho. todos os gestos do teu dia-a-dia tomados por outro ser. não há mais solidão, quando você se apaixona. porque é ou estar junto, ou estar na ausência do outro. recorda o dia em que não era assim. que você podia escrever o dia inteiro, não que hoje você não possa, mas você escreve outras. a vida é tão estranha, gata, tão estranha.


escrever ouvindo o outro, dizendo o que ele disse, rebatendo. escrever como quem se escuta, afinal. e conhece o arranjo de flores que tece, uma a uma, em uma espécie de guardanapo. as marcas do papel que eu uso para limpar a boca se chama espécie. disse-me o poeta. eu também, não aprendi a amar.

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