segunda-feira, 10 de setembro de 2012

o imperioso trabalho de fugir

a poeta e sua velha luta com os hormônios trilhavam o caminho da espécie. alguns, outros, estavam mais interessados em constelações. mas em constelações enquanto figuras do acaso & a poeta gostava das constelações enquanto materiais para a construção de espelhos. pegou do rabo de um cometa um pedaço - com a mãos partiu - e fez um espelho. então viu o próprio nome no espelho. ele estava se apagando, como acontece toda vez que o desgaste permite*. considerando tudo entre aqueles dias muito pouco displicente, a poeta pegou suas coisas, guardou numa mala, guardou a mala embaixo da cama e dormiu. que maravilha!

* o desgaste é um rei que dorme de cuecas. na próxima vez talvez ele durma nu. por enquanto, ele as aprecia. 

Um comentário:

Giancarlo disse...

Felice giornata a te...ciao

 

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