terça-feira, 27 de novembro de 2012

de um peixe

na verdade esta noite dormi muito. e ainda estou lá, como se nada houvesse começado. lenta, com espirros. a gata também tossiu, mas enquanto eu dormia lambeu meus cabelos - estavam sujos - até dividir o caminho e encontrar meu couro cabeludo. acordei com a língua áspera no crânio. 
como é possível que existam dias que a única coisa que me interessa é exterminar minha maior capacidade? a sensibilidade. não se trata exatamente de um extermínio, mas de uma exacerbação que anestesia, faz-se fumo. onde tudo toca, até só a vida formigar e o coração sem centro dominar a tudo.

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