sábado, 15 de novembro de 2014

ontem

5h da manhã subindo a Rebouças num taxi
numa rara conversa com o taxista

que me contou ser obreiro da palavra
ele falava de religião, eu de poesia
ele além de taxista, trabalhando contra a mentira, imaginem
dentro da igreja combatendo charlatões em busca do poder pelo poder & do dinheiro pelo poder & esses ciclos-vícios todos.
me falou da Bíblia sem querer me ensinar nada; me contou da irmã que se separou de um milionário austríaco e escolheu ficar sem nenhum
centavo do marido; falou do absurdo da falta de água em
sp ser programático pra gerar mais obras e mais desvios; falou q ficou tristíssimo na época das eleições, q abria o facebook e sentia náuseas.

a acelerada conversa cheia das pausas da madrugada
terminou com ele me dizendo
"essa história que você contou de que, a não ser q seja pra ferir, ao vermos uma parede é melhor descascar do que dar um murro, me lembrou aquela do beija-flor que está apagando um incêndio. daí chega um elefante meio cínico e diz assim pro beija-flor:
-e aí? acha mesmo que vai conseguir?!
e o beija-flor:
- não sei, mas pelo menos estou fazendo a minha parte".

abri o portão de casa acreditando no beija-flor.

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