terça-feira, 26 de maio de 2015

11 anos de idade

a cura palavra tão rara e utilizada solta por aí nesses contextos espirituais de pessoas que procuram a salvação. cura palavra cara preciosa e séria, digo, deixemos a cura, daremos a cura para quem necessita mesmo dela. de fato, respeito a saúde, que ela se faça na luta cotidiana de cada corpo pelo bem estar, emocional, psíquico e físico, que a vida vença a cada dia a morte e que a morte seja só o que ela é: uma só. a vida? é múltipla. mas há muitas maneiras de morrer. como um cometa, o abandono, a entrega, ou a dignidade da escolha. dignidade é uma palavra bonita, 

a beleza cifra as portas de entrada 
inebria simulando 

vi num rapaz um tanto servil, num rapaz um pouco perdido na sua função, vi a sua capacidade de audácia, liberto ele será pois já é. 

a boca que se abre e profere palavras vazias 
má fortuna
balbuciar 
não seja a minha.

vi uma caverna 
a importância de ser ninguém 
de não fazer inimigos a essa altura dos acontecimentos 
(talvez em nenhuma)
o mal há quilômetros farejo 
vem em pacto prepotência de leão orgulhoso arrogância 
meu coração é da canela exalo por osso e poros um breu de canela meu suor cheira a canela 
saí para ver a noite cheirar manjericão 
aguardar o dote de tudo
torcer pelo eterno retorno do mútuo 
cavalgar esta insatisfação 
ter pálpebras nos ouvidos 
ouvir o vento de brisa, o agudo não 
meu fatal lado direito

e seguir 
o mesmo que vi ao atravessar a rua 
meu caminho entre arbustos 
em frente iluminado 
pela seta de luz da minha testa 
é aberto e é fechado
meu caminho é um só 

o mundo é dos audaciosos 
e não, não é por fama, glória 
é só pela circulação 
pulmonar intravenosa 
cúspide & inteiro
coração.

meu alvo. 

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