domingo, 17 de maio de 2015

caminho

às vezes volto à fase de sonhar recorrentemente com caminhos, estradas, estou sempre a andar ; e já sei: há algo, nesta pessoa, a trocar de lugar. por agora sonho com meus pais, com meus irmãos. e existem esses caminhos a percorrer, eu mesma, sou um caminho a percorrer. esta noite entrei em casas de pessoas desconhecidas, onde havia gatos, eu me escondi num armário, saí por uma janela, subi muitos montes e os desci também, andei milhares de quilômetros numa mesma rua (que era a apinagés) porque tinha que chegar antes da hora que eles iriam e poderiam me dar uma carona, saí num rompante, e afinal me perdi. e afinal não tinha como ir sozinha, tive que voltar, estavam todos no sofá, uma delas com uma cara de que sabia que eu não conseguiria, mesmo. desde o princípio. outra noite eram caminhos de água, rios gigantescos, era o pantanal, mas eram plantações de arroz. um irmão os havia comprado, os caminhos. andávamos dentro da água, minha mãe simulava apreço e eu não me molhava. sei que sonhei com a memória. e ela é sempre. é sempre um futuro.

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