segunda-feira, 11 de maio de 2015

dia das mães

as convalescências respiratórias derivam das emoções conturbadas, a interação atmosférica entre fora e dentro prejudica-se pelo excesso de transações entre eu/outro. que, de tantas, impossíveis são de mapear. o território familiar é dos mais propícios a ácaros emocionais. parentes não se separam, mesmo quando brigam e não se falam. os canais sensíveis? são como entubados em nós e em nós e nas atmosferas e em nós e nas nossas relações com qualquer ente/ser. os tubos ligam-se e desligam-se, existem receptores por toda parte. tomadas que mudam de registro. às vezes percebemos as ligações, às vezes não. às vezes as escolhemos, às vezes tentamos a conexão e ela falha. às vezes estamos ligados sem consciência. a não-consciência não é necessariamente negativa. já a poluição emocional é, a poluição emocional entre duas ou mais pessoas nada mais é do que tubos entupidos. intoxicados. no meu íntimo, talvez a fissura venha de um excesso yang, com a particularidade da ação estar coligada à transformação/podridão. e ser todo um lance emocional ativando a mensagem // a mensagem desaguando matérias férteis e potentes, de quem mergulhou na escuridão e saiu, imune: saiu luz. mas às vezes fica andando na fronteira de proximidade entre transformação e podridão. é muito tênue. eu sei que é assim. quem se perde quem se movimenta em meio ao pântano e rejuvenesce? desmontado fica o que não estabeleceu raízes. a solidez a que chamamos terra chama a si mesma de meu-núcleo-tem-magma. o solo é outra coisa: é onde se gestam as sementes. com um tanto de água e calor e trocas gasosas e de dentro do chão acontecem as árvores. também as genealogias. maturava tudo isso espirrando no sofá branco da minha avó. 

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