quarta-feira, 15 de julho de 2015

escrevi como se o inconsciente tivesse virado um passarinho que vinha vindo, vinha vindo comer na minha na mão & a minha mão era uma fonte de água no sol das 4.

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a primeira coisa que me atropelou semana passada fui eu mesma, depois uma encruzilhada de bactérias & aí vieram as drogas fortes: os antibióticos & aí entraram pra luta uns vírus respiratórios. então eu tive que entender quem estava ao meu lado e quem é que não estava ao lado daqueles a que podemos chamar de "quem" naquela luta, & então a memória veio à tona escavocou esburacou & cada noite era um emaranhado diferente do que já foi & e quanta escuridão há num corpo doente & quando lá do outro lado eu vi aquilo que destrói & convoquei as plantas! que só podiam vir por fora, que por dentro era a terra do sintético mas vez ou outra elas assobiavam com o vento & isso também é correr atrás do vento & tive medo como se estivesse numa poça d'água amansada se agitando & eram muito a mesma coisa & eu tive um impulso de um telefonema & então eu encontrei uma medicina & então eu pude voltar & eu assim eu vim com a minha sorte. e a felicidade foi tão grande que tive de conter o entusiasmo, porque ando aprendendo que às vezes com a sua velocidade alucinante porque eu o amo ele vem e me toma & me ama & depois me derruba na cama.

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