segunda-feira, 17 de agosto de 2015

os últimos dias de Saturno em escorpião

angustiada com a escassez monetária ou a incapacidade de tornar o prático a ordem do dia a dia ou a busca da satisfação contra a melancolia em espiral já estava quando abri a janela pra ver com estes olhos o céu azul pardo desta cidade fuligem e pó e as estrelas pouquinhas mas suficientes e uma brisa sutil mostrou-se vital ao alívio --- e os gatos vieram me acompanhar no ver da noite tantas vezes senti frio ou quis o prático momento de pelo hábito enrijecer esquecer do fluido levar-se por ver a noite e os gatos cheiravam a noite como eu alguém gritou na rua longe um palavrão qualquer e que importava nada além de ser mais uma madrugada de domingo pra segunda quando no mundo todo é domingo e no domingo o mundo todo despenca. já eu, não, pois vi a noite. e a noite era viva e eu também. pelas estrelas enviei mensagens aos mortos que me amaram e quis abraçá-los pela ternura que me faltam. assim como das estrelas aceito a distância. que mais? não cai a lágrima cristaliza na retina. tenho saudades.

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