sexta-feira, 10 de junho de 2016

direto do túnel do tempo

Quantos nomes em teu nome,
não te cansas, não te gastas, não?
Ou foi agora e é por isso
meu cansaço, esta falta
de forma e lugar?
Este amor tão incapaz?

Quantos nomes sem teus dons?
E eu, que tantas vezes
acertada fui na testa
pela seta que enverga
sem nunca se quebrar
estou às lascas.

Outros te chamaram deusa
profetisa do esquecimento
lucidez embriagada
raiz de musgo sobre a rocha
caixa encoberta de pó
sem nada dentro, poesia.

Nenhum comentário:

 

Free Blog Counter