terça-feira, 21 de setembro de 2010

no mesmo lugar, as coisas só acontecem no tempo.
eu olho para um lado e o meu estômago para outro.
sentimos medo, ferimos.

convidei-a e fiz uma regra para essa noite: Terra, não simule terremotos em Lisboa. enquanto durmo, façamos leis: separa o livro do corpo, pois misturá-los é voltar e dar adeus na curva que já dobramos.

A palavra é nunca. A palavra é pouco. A palavra é fechada.
Não há grades. Há desatentos presos. Há presos pela atenção.
Alheia, própria. Há a prisão e há o caminho.
É um campo e depois uma jaula. É um campo de jaulas.

Onde já se viu enjaular o sonho dando o nome de liberdade.
Onde já se viu? Em todo lugar!
Com a placa na frente (o mapa do zoológico sou eu): LIBERDADE. Se liberdade é coisa que passa, não que se estabiliza. Livre é fluir. Livre é onde não estás. Liberdade é esquecer o nome
de quem? Jaula.

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