quarta-feira, 15 de junho de 2011

Agora sou cavaleiro Laço firme e braço forte Num reino que não tem rei

de uma noite de eclipse pra outra noite sem eclipse
pensei que das coisas mais bonitas que eu já vi certamente essa foi uma delas. o eclipse por cima do Tejo.

no meio do eclipse estou indo pra cozinha pegar o lume pra acender um incenso e minha corrente com o cavalo arrebenta.

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depurei uma trança que importa. confiar, tolerar, querer todas as imagens, as visões se clareando, todas as formas de representação da experiência são válidas. ao mesmo tempo, saber que nada funciona, que não há nenhum discurso que explique nada, nunca.

(interpretação é tudo beibe. apaga. esquece.)

mas decidir por uma coisa ou outra me parece estúpido. necessário mesmo viver na terrível maravilha da oscilação.

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qual será aquela formulação de dúvida que quero fazer?

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a revelação da Terra quando saiu de frente da lua foi que aos 35 anos, quando eu ganhar o Nobel, já sei o que fazer com o dinheiro. vou comprar uma passagem extra-terráquea, dessas que milionário pode ir ver o planeta de fora dele.

acho que é o único modo de dar conta da experiência humana, ganhar o Nobel, ver a Terra de fora dela, e morrer.

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