quarta-feira, 22 de junho de 2011

de repente meu corpo fica domado como quem chorou por um largo
tempo um traço no peito feito um temporal, mesmo, só que feito à caneta hidrocolor
preto, sem raios, trovões nem dispersos, mas cinzas nos pés, um amontoado.

naquele tempo - que eu gosto de - eu gosto dele - de falar do presente como se já fosse passado - gostava de ir andando até a rua augusta e quando virava pela vitória nela, o sol.

há duas augustas. um dia vou escrever sobre elas, não sei se sobrepostas ou paralelas.

mas eu vou pela rua augusta como quem carregasse um escondido por dentro que fizesse do sol na sombra desconfiança, no fundo, de ser um amor, um amor de sombra meu, de ser um amor infértil.

Um comentário:

ewerton disse...

há duas augustas

 

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