sábado, 5 de janeiro de 2013

onda feita pro teu pé

mas este apreço
pelo peso não combina exatamente comigo. então fico duas vezes sem combinar
a primeira se estabelece na diferença; a segunda na constatação da diferença. estou longe demais para as cartas que me tentam alcançar.

normalmente nesse momento de empecilho e destroço eu me derreto até ficar só a casquinha.
mas o gosto de framboesa é o gosto de deus.

no cde meu cazuza no pdddm meu variações. USA UMA LUZ COM QUE ILUMINA
                                               A TRAVESSA DAS ALMAS MANCAS

eu sou da deriva, meu bem. isso ainda é muito útil.

         tenho escrito e sonhado com lugares, com coisas que falam de lugares. tenho que me desabitar mais vezes. me tornar a lua, como se dois copos de poeira dois copos de dust misturados com água morna resultassem numa lua plena, plenilúnio. mas a grávida está cortando cebolas, a fase é minguante. cantam os grilos que não cantam. e as seivas correm para baixo.

eu tenho que ser como o dom que guia pela rédea do cavalo em direção ao pasto. viver o dom sem dono o dom do som. mas nem nada. eu levei o pasto para o abismo do pântano e agora tenho que pentear os capins com água fresca desembaraçante.

Um comentário:

Alfredo Rangel disse...

Julia, descobri o alforria somente agora...
Fabuloso. Delicioso.
Vou me embrenhar, páginas adentro, pra aprender como se escreve.
Parabéns.

 

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