o dia passou tão quente
o quintal parecia o méxico.
o amarelo intenso entre o vermelho
o sol nos cravos de defunto.
o calor entrou pelos músculos
como um halo de fumaça
finalmente relaxei um pouco.
comecei a te escrever
sem nenhuma delicadeza:
só nos tornamos
outra vez estranhos
porque você me enterrou
assim. acontece
mas eu não morro.
a minha voz sopra
nas viradas de temperatura
brusca no que o mundo
vem te lembrar
que é perigoso.
segunda-feira, 9 de novembro de 2020
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