sábado, 4 de junho de 2011

confidência e imaginação

parece que só agora eu com os 27 anos faço uma cisão (na qual sempre me abismo) entre o que penso e a madeira que cobre o meu chão. dizem os especialistas que isso deveria ter me acontecido por volta dos 11 anos de idade. mas e a escolha? não será ela uma alucinação?

sei que agora gosto de não dizer, de perceber e de guardar, ou de simplesmente (e daí a aparição) notar que não estão vendo o que eu estou pensando, embora possam sentir ou saber, minha palavra não precisa (eu sempre tento) validar. e também perceber o contrário: estou tentando me comunicar, alguém me entende do jeito que eu gostaria? é sempre uma falta o que falta dizer, uma aproximação do que o outro pode entender. 
nessas horas o invisível está cheio de comunicação. acho que outra coisa que me acontecia é que eu só acreditava na palavra. hoje ela tem um lugar de potência e força que faz, justamente, desse um lugar qualquer, muito responsável lugar qualquer. 

e a gente não evolui, nem melhora. mas a gente amadurece. mas imagino que em dois segundos todo amadurecimento pode vir abaixo, com tempestades do nunca-visto ou do muito-conhecido. talvez as tempestades sejam sempre uma mistura de nunca-visto com muito-conhecido. o horror. o horror. 
lá vou eu. que quem acordou em mim hoje foi mrs. dalloway. 

besotes pra quem (não) me entendeu.

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