sábado, 28 de agosto de 2010

peixe espada, da cidade soube luz

já não entendo mais nada, absolutamente. quando alguém que escreve encontra que o texto é sensação e não prodígio de soluções, onde está o grito, o dito, que poderá me re-suspender? tenho vontade de dormir e vontade de trabalhar e as palavras perdem os eixos, como um caminhão tombado sem rodas, quando as leio elas já não são mais nada, estão nelas mesmas me olhando e se eu sondo encadear colocam: fluxo fluxo, onde está? não consigo colocar muito.

enquanto isso o corpo transfigura, relata uma cidade encantada onde os dutos todos, meio entupidos, fazem eco, se criamos uma batida meio crua, com as mãos pelos canos, podemos enfim constatar que somos uma cintilação do espaço, e os sentidos são nada mais do que uma metereologia. pensei que sou nova demais pra ser escritora já pensando assim. pelo menos consegui formular, finalmente, o que pra mim é uma novidade velha.

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