setembro, o terrível,
divisor de águas
chapa de metal
abrindo a comporta
desconhecido, desconhecido
com um par de esporas
abre a garganta
azul
a gaivota que tem língua
que me disse que tem
pausa, manhã. o mundo dos mortos é meu, o cansaço, o regresso ao mundo de dizer as coisas sem farol. eu trouxe
minhas mãos, manhã do mundo.
sou capaz de tanto, desconfio
que de tudo. comer moscas por acaso,
matar mariscos na frigideira,
tirar os casacos da gaveta
lavá-los antes que chegue o inverno.
três pacotes de kleenex
e a bahia em janeiro.
se tudo for
um cursor
para dizer
entre dizer
(carolina hoje faz trinta anos)
se tudo ajudar
o júri macio
o coração macio
os pelos da barriga
a bacia solta
meu amor.
sábado, 8 de setembro de 2012
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