diferença rigorosa dos níveis. pedi pra que ele abrisse as pálpebras o suficiente. suficiente para ver a morte. ele me respondeu que não existem pálpebras suficientes. e dobrou os olhos como uma folha de papel, vincando. os cílios quase juntos da testa.
abri cirurgicamente a cabeça dele. perguntei se as descargas elétricas tinham substância de ressuscitação. ele disse: "sim, está bem, agora sim é o suficiente". e vimos, juntos, um clarão. mas eu não tinha apertado os botões.
e o canavial se abriu em dois.
e deram açúcar para os deuses.
e nós nunca mais tivemos cáries.
e a cruz caiu no chão.
e ficaram todos livres.
e as rodas rodaram rodando como rodavam
já. e tudo seguiu mundo.
Um comentário:
lindo!
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