Nada mais diário
que o escuro e o claro
e o meu amor
cabeça de diamante
cegando o conflito
o meu amor o meu amor o meu
tantas vezes você me abandonou
na minha imaginação.
Faz uns anos
eu amava homens de imaginação na minha imaginação até que aprendi a amar
a imaginação agora que, amo homens que me amam,
imaginam em mim que me abandonam.
Mas não sou eu, não
não sou eu quem abandona ninguém nem sou abandonada é a imaginação
uma herança. Não sei se herdei do tataravô que assassinou alguém
e quer que a escrita que o perdoe. Aquele que morreu picado por uma cobra dentro de um buraco e a última palavra que pensou foi DENTE e é por isso que hoje escrevo dente.
Não sei se herdei do meu avô que morreu no dia de hoje ainda nos anos '70
tenho o modo de olhar dele
provavelmente também as juntas do coração.
Um avô meu viveu com gastrite depois morreu, eu e minha irmã também temos.
Um avô meu ninguém sabe se abriu o gás ou se foi enfarte.
Minha vó graças a deus está viva e lúcida e às vezes se escandaliza com as manifestações.
Minha outra vó morreu meio metro menor do que era. Tinha ouvido absoluto
tivesse eu herdado fazia alguma coisa dessa voz, mas herdei o queixo, uns poros do nariz.
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3 comentários:
e a escrita, de onde veio? ;)
do meu pai.
que sorte.
( a dele ;) )
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