justo agora, atualmente, que a situação política está inflamadíssima (há dias que meus úteros também), hoje conversei com uma senhora que tinha um crachá com o seu nome escrito e embaixo a sua profissão. é ela quem vai me casar, mas percebi que já não se assinam papéis. como será ainda não sei. ela disse que se quisermos ter uma cerimônia (será que se chama cerimônia?) de casamento com rituais nossos podemos, desde que eles sejam "normais", e a turma toda do Variações bateu palmas para as plumas de pavão que, sim, vivem em mim. eu pensando essas coisas e segurando meu passaporte. que não é suficiente. o sistema burocrático brasileiro não vai pendurando suas fichas de cidadão como despojos de inimigos mortos pendurados nas casacas de dentro da pele de alguém. vê bem, eu pensando essas coisas, vê bem, parecia que era de manhã mas já era mais de meio-dia, nós em Almada no primeiro dia de chuva, o outono também pode entrar, o que consegui perceber foi ler, abaixo do seu nome, sua função social "conservadora". já não dei risada. já não rio mais com essa língua, ela já é a minha língua? não. só fui parar noutro lugar. em que rir não é demais, é tanto, rir é um soluço, ah rir é tão raro. mas não estou triste. nunca estive tão pouco triste. sou um âmbar, sou uma águia, e ah!, vi a virgem maria.
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