Isso também 
me conta mais
a respeito daquela técnica
de prever o futuro.
O futuro? Tem orelhas,
mas é surdo. E é manco 
se arrasta sem espanto 
mais alheio do que lúcido
com o nosso despreparo.
Se fosse um deus amava o humano, mas como não existe
o futuro tem de amansar seus ventos, marcando as peles, 
as montanhas. Sendo um gênio, não é um exército
de cronogramas, nem de antecipações.  
Tem firmeza de flor, e é invisível
reconhecido em seus efeitos  
brisa, furacão. 
Nunca adiado. E se ama os despreparados
lhe sabem tanto os que fazem quanto os que esperam.    
Os otimistas valem mais 
valem quanto? Cem bifurcações,
sucessivas gerações
de bem aventurados
que topam em pedras,
cicatrizam e correm
bem alimentados 
com fome de mais
alimento.  
São seus sinais
os imprevistos, os cavalos
os pontos cardeais  
os sete sentidos e os setes buracos da cabeça.
Virá. E nunca. 
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário