terça-feira, 6 de maio de 2014

sinchi




o símbolo é ativo operativo como a membrana entre os dentes e a gengiva, que não sei se existe, mas está presente neste raciocínio, pelo menos. prova substituta pra isso não há. parece que a corporificação é a mais comum forma de raciocínio, e também que uma série de imagens de mim mesma estão se desfazendo. é comum uma resistência maior quando algo vai se desfazer embora o terreno já esteja mais recebendo os adubos dessa transmissão do que fincando as raízes do (novo?) conhecimento. sei que estou para escrever o poema que eu mais desejo, e aqui estou falando da dissolução das imagens de mim para mim, ou pelo menos de uma menor importância pras coisas em mim, o que na verdade talvez seja só o ajuste final de saturno. ouço completamente bem? não é que eu esteja mudando, é que não estou valorizando essa mudança de tão rápida que ela tem sido. não é que eu não esteja valorizando, ela é corporificação que não encontra valor. curioso ouvir que o caminho que leva para cima é o caminho que leva para baixo, thomas sterne já comunicava há mil anos atrás. é essa tanta novidade da vida que tem me feito fechar (irresponsavelmente) a comunicação. e, no limite, estamos refeitas: o cerne estava no corpo. o cerne continua no corpo. só que agora tenho mais corpos. e todos eles me interessam. e, espero, essa sacralidade do corpo não é tornar-se mais, é tornar-se o que se é. como já era. e está sendo. r e s p e i t o.

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