fazendo a linha do livro dos animais desta ilha,
hoje vos quero apresentar o Veneno, cuja fama o precede, como o cão mais temido desta ilha, de pessoas mudarem de lado na praia ao vê-lo passar. porém não pode ouvir rojões de artifício explodindo nesses dias de Copa & São João, que Veneno entra embaixo da mesa, com as patas tremilicando, pede apoio enfiando as orelhas nas pernas mais próximas de quem encontrar.
quando chegamos por aqui eu também tinha medo dele, pelos rosnados profundos acompanhados de um fio de baba escorrendo da mandíbula, o olhar de cavalo insondável, desses que atravessa a galope a linha entre o vivo e o que não-é, apelidei-o nos meus segredos de Cérbero.
mas me avisaram: Veneno gosta de pessoas e se associa sobretudo as mulheres. o que pensei ser um exagero, mas em menos de dois dias estava confirmado: não há fidelidade maior do que a do olhar que ele carrega sobre mim. ele me seduz ao ponto de eu, se acreditasse nessas coisas, ter certeza de que fomos amantes em outras situações. se bem que se acreditasse mesmo, teria a certeza de que Veneno foi Don Juan, e o seria em todas as vidas.
atlético e potente, sempre cheirando bem, Veneno é também poderoso e capaz de se soltar em qualquer ocasião, mas somente com a intenção de ir atrás de nós. se estamos junto dele, ele nunca escapa. mas, na maior parte das vezes que passamos mais que poucas horas fora de casa, Veneno encontra um modo de nos encontrar onde estivermos.
no primeiro jogo do Brasil, por exemplo, estávamos voltando da vila, e apareceu o cão, feliz de nos encontrar, batendo o rabo de forma giratória. ou, ontem, há mais de 3 km de casa, meio dormindo tomávamos sol na praia, quando Veneno apareceu uivando para o mar. feliz de estar conosco entrou no mar, nadou, caçou os pássaros que caçam animais na orla, bebeu água dentro de um coco, voltou conosco, sem se meter com nenhum dos pequenos cães que queriam provocá-lo. e não há nada que Veneno sinta mais ciúme do que de cachorrinhos.
é chamar Veneno que Veneno atende.
é uma jóia do senso de comunidade (milenar) que une cães e gentes.
sim, ele está apaixonado & eu também.
hoje vos quero apresentar o Veneno, cuja fama o precede, como o cão mais temido desta ilha, de pessoas mudarem de lado na praia ao vê-lo passar. porém não pode ouvir rojões de artifício explodindo nesses dias de Copa & São João, que Veneno entra embaixo da mesa, com as patas tremilicando, pede apoio enfiando as orelhas nas pernas mais próximas de quem encontrar.
quando chegamos por aqui eu também tinha medo dele, pelos rosnados profundos acompanhados de um fio de baba escorrendo da mandíbula, o olhar de cavalo insondável, desses que atravessa a galope a linha entre o vivo e o que não-é, apelidei-o nos meus segredos de Cérbero.
mas me avisaram: Veneno gosta de pessoas e se associa sobretudo as mulheres. o que pensei ser um exagero, mas em menos de dois dias estava confirmado: não há fidelidade maior do que a do olhar que ele carrega sobre mim. ele me seduz ao ponto de eu, se acreditasse nessas coisas, ter certeza de que fomos amantes em outras situações. se bem que se acreditasse mesmo, teria a certeza de que Veneno foi Don Juan, e o seria em todas as vidas.
atlético e potente, sempre cheirando bem, Veneno é também poderoso e capaz de se soltar em qualquer ocasião, mas somente com a intenção de ir atrás de nós. se estamos junto dele, ele nunca escapa. mas, na maior parte das vezes que passamos mais que poucas horas fora de casa, Veneno encontra um modo de nos encontrar onde estivermos.
no primeiro jogo do Brasil, por exemplo, estávamos voltando da vila, e apareceu o cão, feliz de nos encontrar, batendo o rabo de forma giratória. ou, ontem, há mais de 3 km de casa, meio dormindo tomávamos sol na praia, quando Veneno apareceu uivando para o mar. feliz de estar conosco entrou no mar, nadou, caçou os pássaros que caçam animais na orla, bebeu água dentro de um coco, voltou conosco, sem se meter com nenhum dos pequenos cães que queriam provocá-lo. e não há nada que Veneno sinta mais ciúme do que de cachorrinhos.
é chamar Veneno que Veneno atende.
é uma jóia do senso de comunidade (milenar) que une cães e gentes.
sim, ele está apaixonado & eu também.
Um comentário:
muito bom de ler....
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