sábado, 19 de julho de 2014

e cantar, e cantar, e cantar

para Maria Archer

Nós somos o fogo
somos também o telhado
em tantos jaguares
aves, confins já fui
transformada. E tive rumo.
Hoje não estou transtornada.
Nem tenho que quebrar
linhas pois sou aquele
que não cessa: o selvagem.
Ó selvagem comedor de linhas!
Que a nossa canção se faça
suficiente: manta de lã luminosa
E sem porquê utilizada. Amada!
Amam-se as peças & os ancestrais
se gastam. E se gestam.
Onde deus fez a morada. 

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