ando desprositadamente longe das sílabas que se reúnem num simples toque de dedos
ou como dois e dois logo, com mais um, formam os dedos de uma mão
vou diagonalmente zanzando por tudo que encontro e que não tenha
o núcleo duro de uma separação — um desvio avistado — a cólera
coisas que não, hoje em dia não me interessam: não.
é curiosa a delicadeza que pode ter um não. ou a distribuição criteriosa de um não
não, não gosto; não, não quero; não, eu evito; não, agora não.
e retumbante a aproximação do diverso: o sim. B me disse hoje que tem mais espaço
mais espaço pro outro ser, receber esse inteirar-se que é ter espaço pro outro.
também tenho sentido isso nos diálogos aproximados. e tem a ver com corpo.
portanto também tem a ver com aquele verso de gilberto gil:
minha aura clara só quem é clarividente, pode pode ver.
também é bom estar na sombra, tantas quis os holofotes
tantas só o beijo do bem, mas que vigilante descoberta
essa da proximidade do que cresce melhor: à sombra.
certas plantas de sombra nunca reverdescem
outras não, nasceram lianas e descobertas
até mesmo essa desimportância de estar ou não
de estar ou não fazendo sentido.
escrevendo simplesmente.
como ensina GMT: pra máquina ligar.
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