Na arte de tornar o espinhoso
maravilhoso, aprendi
a ralar os joelhos
sem quebrar os pulsos. 
A construir sem ganância
os muros
rodeados de covas altas
palmeiras de açaís 
e o ruído da água correndo
ao fundo. Quebrei alguns 
dentes, com outros mordi 
mas diante de tudo
de repente, eu até cri
no insaciável 
fogo que acendi. 
Preguei lantejolas, amei
e nunca, nunca me vinguei.
Desperdicei foi muito
                     lixo
é o que se esquece 
de tirar pra fora 
e, no trópico, empesteia a área 
mas até às moscas do chorume 
destinei o meu amor.
Não com beijos
estes, não.
Meus beijos são só teus. 
Não sei você, mas para mim, a paz é uma coisa que se exercita 
vejo ela abrindo as asinhas, afiando facas 
lambendo beiços, abrindo latas 
temperando com sal, aquilo que não mata.
domingo, 15 de fevereiro de 2015
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