quinta-feira, 6 de agosto de 2015

passo a passo

não reconheço entre os meus mais que uma centena e me sento com a sentinela acesa, queimando rodopio, mas não sei quais insetos espanto e quais agrego: no sangue chupado, nesta necessidade de dizer "eu" e uma situação constante de subir para cair / de cair para subir. já faz tempo que aprendi a escrever por aqui sem pensar em muita coisa, sem me profissionalizar em nada, porque é isso, é isso, é uma liberdade não ser eficiente o tempo todo. o que é quase impossível. porque parar sem ter o que fazer é uma irrealidade, e ontem mergulhei no mar o único possível o real. o sentido da palavra realmente mudou tanto para mim em menos de um mês. acho que já disse isso por aqui. estou tecendo uma a uma em cordões e entradas as palavras feito grutas escavadas. desmonto quinze dias de tristeza numa só palavra que se diz: sim. não posso agora com muito. nem com muita alegria. ontem eu estive, antes de ontem também, estive visitada pela alegria e que força que beleza e que ressaca esse dia seguinte. não almejo a constância e nunca penso em termos de salvação, mas pé quente, cabeça fria, boas horas de sono, uma cidade menos poluída. almejo um dia entender o ar porque o ar tantas vezes por minuto é um dos sinais vitais.

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