um nível de intensidade vibrátil por muitas conexões recombinadas em um termo quase total de necessidade de veiculação vibrátil eu já disse vibrátil é mesmo a palavra chave depois de intensidade e uma sensação constante de superfície talvez leve muito tempo para que a gente possa se abrir, talvez tenha sido em outra eternidade que os milênios já nos atravessaram e o que vivemos agora é nostalgia essa liga recorrente de assuntos de orgulhos e de silêncios misturados em pó saliva e sola de sapato.
terça-feira, 26 de julho de 2016
segunda-feira, 25 de julho de 2016
domingo, 17 de julho de 2016
a nova adolescência
um novo ciclo, um transe em espécie
desmagnetizando daquilo em que estava colado
e a precisão de saber que não se quebra um verso com que
no final, a não ser que você esteja querendo ser ingênua
ficcionalmente
o que também pode, talvez, gerar uma espécie de propaganda
como os chicletes mastigáveis já não precisam mais
de publicidade para o desejo das crianças
e outras formas de inquietude.
espantada com a insistência da palavra
escrevo. martelando cada insistência
ou montanha-russa
como uma fita k7 com rewind automático
me transporto para um ano atrás
e dou um um salto em mim mesma
num num num num
minuto
nuvem
num num num num
segundo
carne.
hoje desenhei a morte com giz de cera
enquanto eu via nos meus olhos
no meu cérebro carimbada
ancestral tardíssima
pôr do sol
Orum
árvore
continuo
de batom vermelho
o estômago doendo
os pulmões cheios de catarro
desde criança
tossindo uma tristeza
nem sei da onde
os médicos que tentam me mapear eu tapeio mentindo inventando
que eu gosto de batata, quando eu não gosto
é sem querer que eu me camuflo
porque, no fundo, eu gostaria
de ter um coração
no lugar dessa batata
e como tudo que eu gostaria eu tenho
fritei a batata que há de entupir
as veias até a minha interpretação
no palco eu não finjo nunca
nem encaro de frente
ninguém
miro um ponto no meio
às vezes uma olhadela recôndita
específica
pra seduzir um ou outro desatento
agressivo, maltratado
para feri-lo também
sei colocar alguém
amassado como uma barata
no canto
embaixo de um capacho
sempre sempre sempre
por revidar
terei o que revidar
nem reparei já estive estou estarei escrevendo
este poema eternamente
é melhor você desistir
de ler.
já ler é insuportável.
vocês não estão me entendendo.
a médica disse "talvez você esteja vivendo uma nova adolescência"
estranhou tudo não ouve nada a que eu não fosse estranha
algo que não encontra como se expressar
ela disse
a respeito das espinhas
mas a respeito de expressar você quer dizer EXPRESSAR MAIS?
doutora, se eu me expressar mais ninguém
ninguém fala
assim comigo, doutora
7,5kg e meio perdi
nessa brincadeira de deixar meu antigo eu para trás
quando a médica me perguntou
por que eu tinha emagrecido 7,5kg em 1 ano e meio
"por conta do... trabalho"
pensei em dizer eu te amo, mas não seria verdade
já estou divagando
reparo muito nisso nos outros
tento não acompanhar os sentidos
dos parênteses deixo só
que eles falem por si próprios
já é muito cansativo estar
com os sentidos todos dispostos
entupiu o canal entupiu o canal entupiu o canal entupiu o canal
de vez em quando minhas vias respiratórias gritam assim
feito uma ambulância
eu nem estou falando do passado
estou que ele vem como uma porta
e bate na minha aorta
eu já disse árvore
árvore árvore
árvore
árvore eu já disse árvore
e toda a doçura dos teus ramos
atravessarei como atravessaria
vamos de pescoço coração caminho
alto ereto e aberto
desmagnetizando daquilo em que estava colado
e a precisão de saber que não se quebra um verso com que
no final, a não ser que você esteja querendo ser ingênua
ficcionalmente
o que também pode, talvez, gerar uma espécie de propaganda
como os chicletes mastigáveis já não precisam mais
de publicidade para o desejo das crianças
e outras formas de inquietude.
espantada com a insistência da palavra
escrevo. martelando cada insistência
ou montanha-russa
como uma fita k7 com rewind automático
me transporto para um ano atrás
e dou um um salto em mim mesma
num num num num
minuto
nuvem
num num num num
segundo
carne.
hoje desenhei a morte com giz de cera
enquanto eu via nos meus olhos
no meu cérebro carimbada
ancestral tardíssima
pôr do sol
Orum
árvore
continuo
de batom vermelho
o estômago doendo
os pulmões cheios de catarro
desde criança
tossindo uma tristeza
nem sei da onde
os médicos que tentam me mapear eu tapeio mentindo inventando
que eu gosto de batata, quando eu não gosto
é sem querer que eu me camuflo
porque, no fundo, eu gostaria
de ter um coração
no lugar dessa batata
e como tudo que eu gostaria eu tenho
fritei a batata que há de entupir
as veias até a minha interpretação
no palco eu não finjo nunca
nem encaro de frente
ninguém
miro um ponto no meio
às vezes uma olhadela recôndita
específica
pra seduzir um ou outro desatento
agressivo, maltratado
para feri-lo também
sei colocar alguém
amassado como uma barata
no canto
embaixo de um capacho
sempre sempre sempre
por revidar
terei o que revidar
nem reparei já estive estou estarei escrevendo
este poema eternamente
é melhor você desistir
de ler.
já ler é insuportável.
vocês não estão me entendendo.
a médica disse "talvez você esteja vivendo uma nova adolescência"
estranhou tudo não ouve nada a que eu não fosse estranha
algo que não encontra como se expressar
ela disse
a respeito das espinhas
mas a respeito de expressar você quer dizer EXPRESSAR MAIS?
doutora, se eu me expressar mais ninguém
ninguém fala
assim comigo, doutora
7,5kg e meio perdi
nessa brincadeira de deixar meu antigo eu para trás
quando a médica me perguntou
por que eu tinha emagrecido 7,5kg em 1 ano e meio
"por conta do... trabalho"
pensei em dizer eu te amo, mas não seria verdade
já estou divagando
reparo muito nisso nos outros
tento não acompanhar os sentidos
dos parênteses deixo só
que eles falem por si próprios
já é muito cansativo estar
com os sentidos todos dispostos
entupiu o canal entupiu o canal entupiu o canal entupiu o canal
de vez em quando minhas vias respiratórias gritam assim
feito uma ambulância
eu nem estou falando do passado
estou que ele vem como uma porta
e bate na minha aorta
eu já disse árvore
árvore árvore
árvore
árvore eu já disse árvore
e toda a doçura dos teus ramos
atravessarei como atravessaria
vamos de pescoço coração caminho
alto ereto e aberto
sexta-feira, 1 de julho de 2016
dezembro 2011
"tenho pensado muito na possibilidade de vulnerabilidades que não sejam frágeis. na sensibilidade vulnerável, permeável, mas que é uma força"
"o risco de fazer a escuta dos dias não é falhar no projeto, nem na execução. mas nos dias. viciar-se a ver/ouvir, notar/perceber e achar que enxerga quando só há resgate no inédito. inédito no sentido de desconhecido,
só há resgate no desconhecido
só há necessidade de resgate no desconhecido
ou nos tempos diferentes entre as pessoas. no intervalo
de que erram.
há também no enfraquecimento uma força ou na vulnerabilidade.
serão as pedras permeáveis?"
escrito no início de dezembro de 2011, no meu caderno que não é público como este blogue,
só há resgate no desconhecido
só há necessidade de resgate no desconhecido
ou nos tempos diferentes entre as pessoas. no intervalo
de que erram.
há também no enfraquecimento uma força ou na vulnerabilidade.
serão as pedras permeáveis?"
escrito no início de dezembro de 2011, no meu caderno que não é público como este blogue,
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