nosso amor talvez se debruce
n'algum ponto equidistante
entre o atlântico e o pacífico
encontre-se radialmente exposto
nas redes interestelares do porvir
esquecido dele mesmo e por isso
reiterado, maiúsculo & minúsculo
ritmado pelo coração e o conflito
das pequenas coisas que não sabemos
porquê. 
nós, que nos atracamos todos os dias
segurando garfos e por baixo de telhas
comemos e envelhecemos e disputamos
todos os dias a imensa vaga de absurdo
que faz as ilhas flutuarem
existirem cataratas e caveiras
densas matas grossos muros
cataventos e edifícios
que você constrói 
e eu escrevo
pois tudo o que o tempo rói
não será inaudível 
não será mistério
nem será ruído
pois tudo que nos envolve
é um breve 
tão simples
e contínuo
dizer que sim. 
terça-feira, 3 de janeiro de 2017
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