terça-feira, 2 de maio de 2017
hoje transplantei umas espadas de são jorge
conheci ouvindo uma mulher que era visitada por anjos tão altos no século XII que padecia de fraquezas
foi santa beatificada sua voz
cantou nos meus ouvidos
a vida de três mulheres com quem conversei sobre suas vidas
vi você virando paisagem
não soube lidar com esse vento sem mãos
e receber o outono é um nó na garganta atrás de outro
risco de tétano nas tectônicas camadas que trazem as estações
se no outono o que me resta é tomar chá
tomei o chá de tília que veio de Lisboa
pela última vez percebi mil coisas e as perdi pela última vez percebi que não será a última vez
faltou tempo pra comprar água pra tomar com limão
eu fervi meu tempo a esperar por alguém que não vem
antes de me deitar no espelho
reparei no comprimento desde meus 20 anos
quando eu ainda os usava presos
eu não tinha o cabelo assim tão comprido
minto tive aos vinte e cinco
quando os escorria nos ombros
de alguém eu riscava a pele
de nem sei mais quem sou
mas eu me lembro
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