essa noite eu estava no alto de um monte, na frente de um palco onde iria começar um show, era de tarde, e eu resolvia descer pra fazer não sei o quê. pegar minha mochila? então reparava que ela estava nas minhas costas e eu resolvia subir. o caminho se multiplicava em 200 vezes e virava noite. ouvia o wisnik tocando no palco e percebia que eu estava no campus da usp. algo me fazia me sentir em casa, ao mesmo tempo que a polícia vinha atrás de mim. cercas se colocavam pelo caminho, feito uma falésia cheia de cercas de quadra de tênis, e eu aprendia a saltar as cercas, até que as próximas estavam lá com aqueles pregos pontiagudos que me impediam. e eu corria por todos os lados, com a mochila nas costas, e conhecia todas as músicas que tocavam, de longe. outras pessoas tentavam a mesma coisa que eu, não conseguiam também. levantei com o barulho de um avião, que, juro, parecia que tinha transformado o meu quarto no aeroporto, de tão perto que estava, e veio se aproximando, se aproximando (eu estava acordada! não era sonho) e desconfio que foi por pouco que o avião não bateu, não caiu, não fez do tejo seu destino final.
me questionar sobre a pertinência desse diário em público seria uma neurose comum demais nesta nossa aflita geração. então, às vezes me questiono se tb deveria fazer interpretações dos sonhos, assim, públicas. isso porque, quando eu releio os sonhos aqui, não lembro mais porque os sonhei, embora quando escrevo pareço saber porque os anoto. então, registro da interpretação. mas acho que quem ler acharia explícito demais. eu não sei. tb a vergonha, ando perdendo cada vez mais,
Um comentário:
julia,
nao vejo a hora de conhecer portugal.
nao vejo a hora de poder te conhecer.
: **
Elisa
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