segunda-feira, 27 de junho de 2011

e la nave va

se exemplifique à vontade, meu bem. diga 
as coisas mais vãs que puder, fale-me até do mal
que faz por você mesmo

o mal que sobrevive. - - - -  eu às vezes acho que as pessoas me procuram pra atravessar certas coisas. como se eu pudesse pegar alguém pela partitura da camisa e dizer 'olha, tua vida, veja lá o que você faz.' - - - - as pessoas reconhecem nisso certa generosidade da minha parte, me agradecem. acho que cada um tem o rinoceronte que é. eu às vezes acho que

                                     no fundo elas vão descobrir um dia alguma coisa mesmo que nem mesma sei o que é, 
                                     mas é ao meu respeito e tem haver com me darem tanto as coisas
                                     no sentido de que eu poderia estar matando, mas vou, no máximo
                                     escrever uma dúzia e meia de romances, quando chegar aos quarenta.

enquanto isso não acontece vou somente me apaixonando toda vez que viro a esquina.

                                    e espero, eu também, arrancar de mãos dadas o mal do mundo, pelos olhos da raiz.

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