e essa brisa que nos faz
promessas frescas de viagem
meu corpo se expande tanto que há uma gotícula de dor em cada extremo
se sou um fluxo de músculos e órgãos sensóreos
quando o computador fica tanto tempo comigo
creio que posso dizer
mamãe, sou um nervo aberto
e imagino um dente todo gritante
disparatado
não houve mordida que não pudesse ser amarrada com prejuízo da mandíbula
às vezes me pergunto se viver é uma questão de poupar ou de gastar
e se há armadilha, saída,
ou se é tudo vertigem, olho no olho, imensidão
vejo assim
e alguém, não se sabe bem de onde, talvez alguém sem pátria
dizia: e a ti? te interessa? te interessa viver?
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
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