eu chegava numa casa suspensa por colunas, e o chão dela por baixo era todo gramado. eram duas casas vizinhas, uma muito bem cuidada, a outra não tanto. eram como imagens do passado e do presente. a do passado estava mais arruínada, impressionava o desgaste, mas também se notava o mais simples: de que não havia nada lá, além de muita atmosfera de tudo. a entrada nelas era por alçapões embaixo, mas como o terreno ficava em declive, as faces da frente delas também tinham janelas. não era minha casa, mas eu tinha sido convidada, e havia muita gente lá.
eu procurava por um cão que era da casa, e encontrava num velho tanque, improvisado, uma casinha para filhotes de cães que tinham nascido faz pouco. quando pegava um deles, era o cão mais lindo do mundo, e já tinha uns seis anos. uma espécie de basset hound, só que com a pelagem escura e brilhante, e com uma crista feito a de um cavalo. andávamos pelo terreno, éramos amigos.
repentinamente eu estava no centro do terreno, aquele lugar era uma vila medieval e queriam me enforcar. perguntavam o que eu queria, que eu tinha ido ali roubar o capitão. eu dizia "não, o que quero é o cachorro do capitão". então eu virava um navegante japonês, samurai, umas roupas do século XIX, me davam um barco à vela e o cão.
eu via no sonho eu navegante com o cão, navegando no mar sem tamanho, que era azul azul azul, e brilhante, todo ondulado como se eu visse montanhas no mar. um mar de lona, mas não, mar de água. minha vela cortava o oceano, o cão era meu, tão maior o azul.
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