sábado, 1 de dezembro de 2012
o peito cheio de estrelas
com a lua ainda alta saio
pela cidade mágica onde o inverno chega antes
do que eu
chego na estação
GREVE dos comboios
o caixa eletrônico sem notas
vou até outro e volto com dinheiro suficiente
sento com intenção
no banco de granito
será que consigo não esfriar os fundilhos?
sento em cima do guarda-chuva
o dia amanhecendo pelo leste
em frente uma placa VENDE
as casas ao lado desabando
a ruína de cada dia
passam dois autocarros
FORA DE SERVIÇO
tiro do bolso a maçã que roubei
fresca como toda
primeira refeição do homem
até que aparece um taxi
e me leva até amadora.
conversamos quinze quilômetros
e ele era um otimista.
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