começamos cedo demais, e por isso não tivemos tempo para ressentimentos. tivemos excessivas certezas. nos culparam pelo excesso, pelo excesso de afirmatividade. consideraram que era tempo de mortos, de restos, de rolhas de cortiça trazidas pelas ondas. e já podres. o mar mesmo, era visto como um morto que, de tanto afundar em si mesmo, trazia os bolsos rotos, cheios de migalhas de pães e bolos que só comeu quando era criança, pois teve de abandonar a própria mãe pra que se considerasse vivo. eu, não. quando fazia frio e lavava os cabelos, secava-os com o calor, amadureci no sol. comendo jaboticabas disputadas com o bem-te-vi que as sugava até secarem, e vendo entre as ramagens as luzes tornando as folhas quase brancas, quando não ainda mais verdes.
quarta-feira, 1 de maio de 2013
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Um comentário:
sinhá júlia, entre o verde e o branco, a luz que eu bem te vi... galope de asa. c. bentin
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