não li aquele livro do Jung que meus pais falaram pra que eu não lesse.
não porque meus pais disseram, simplesmente porque não entrei.
um amigo uma vez me disse que tinha lido um poema meu e tinha tomado uma pedrada no ouvido. é assim mesmo.
se eu não tomo uma pedrada na cabeça que me arranca o coração
eu não leio, não. as pessoas também publicam demais.
conheci muitos masturbadores proletários.
são a maioria
raro, raríssimos, sabem gozar juntinho.
*
asteriscos são os olhos dos cavalos cintilando
*
"SINTO-ME DISPERSO
ANTERIOR A FRONTEIRAS
HUMILDEMENTE VOS PEÇO
QUE ME PERDOEIS".
(cda, quem mais cintila tanto assim?)
*
uma tarde aberta é quase
um poema
uma temporada sem metereologia
uma tarde aberta é quase
um poema por ser escrito
temporada pede auxílio
completamente fora dos princípios
mas se, no fundo, tudo
é órbita e ritmo, eu
que vejo mal na névoa
por isso intuo um precipício.
esses versos sebosos.
quero cinco anos de distância
em cinco anos de distância
eu me esqueceria
me esqueceria antes, provavelmente
às vezes parece que me especializo na vida
a deixar as coisas para trás
crio enigmas para os gatos
desde criança sou mestra
em deixá-los curiosos e despertos
com algo que - dado meu curto sentido de aventura -
coisas que quase nunca ou praticamente não acontecem.
quem me leva pela mão?
reconhece que sou uma porta
de saída para o que não se repete.
antes de mim está
*
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
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