estive aqui a pensar num outro número, 30, e pelo meu ouvido ouço 
nessa música sempre "limpai", ao invés de "limpei", que é mais provável,
 pela constância dos verbos reforçar (eu faço) a canção. destas pequenas
 convivências vive o meu ouvido, vive a minha língua. só serve pro que 
eu quiser. 
 
perdi a memória
 turvou-se-me o pensamento
 não posso contar a minha história
 perdi a razão do tempo
quebrou-se o espelho
 não sei como sou
 não sei se sou novo ou velho
 não sei onde estou
no meu quadro eu só tenho
 esta visão
 tantos olhos apontados
 à minha mão
não tem sinal nem posição
 do bem ou mal não tem cartão
 não trago marcas de solidão
 nem gargalhadas de emoção
perdi a lembrança
 da mente risquei
 a história que não me interessa
 a história que eu não serei
limpei a cabeça
 de tudo o que ela não quer
 e ao corpo fiz a promessa
 só serve pro que eu quiser
será vossa imagem
 que me convém
 ao sair da desfocagem
 não vi ninguém
não quero ver o que enganei
 nem quero ter o que eu já dei
 não quero ver o que enganei
 nem quero ter o que eu já dei
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário