As letras destas canções são quase totalmente incompreensíveis para os Yaminahua que não são xamãs. Townsley escreve: "Não há praticamente nada nestas canções que seja designado pelo seu próprio nome. Utilizam-se as perífrases metafóricas mais obscuras. Por exemplo, a noite torna-se 'antas velozes', a floresta 'amendoins cultivados', os peixes 'pecaris', os jaguares 'cestos', as anacondas 'redes para dormir' e assim por diante".
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Por que motivo os xamãs yaminahua utilizam esta maneira de se exprimir? Segundo um deles: "Com os meus koshuiti eu quero ver; ao cantar examino cuidadosamente as coisas; a linguagem dupla e entrelaçada aproxima-se delas, mas não demasiado; com as palavras normais esbarrava nelas, com as palavras duplas e entrelaçadas ando à sua volta e consigo vê-las claramente".
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do livro do Jeremy Narby
"A serpente cósmica - o ADN e a origem do saber".
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