sempre que eu sinto muita saudade de São Paulo, é inevitável a entrada pela marginal
daí na marginal eu sofro um choque de realidade tão radical que nem é explicável. a podridão do rio me dá vergonha e tristeza e indignação e cansaço e eu juro mil vezes que a saudade não tem nada a ver com aquilo
daí me lembro de uma vida toda que poderia ter sido e que não foi. suspiro distraio e reparo no matagal nas ilhas entre as ruas. nunca vi numa cidade matagais tão generosos como os que crescem ao redor da marginal Tietê. dou um sorriso pela civilização, um abraço imaginário no matagal.
olho as nuvens, não chove nem faz sol. essa umidade de abril, essa nuvem empoeirada de fumo, ninguém te tira, minha cidade.
daí na marginal eu sofro um choque de realidade tão radical que nem é explicável. a podridão do rio me dá vergonha e tristeza e indignação e cansaço e eu juro mil vezes que a saudade não tem nada a ver com aquilo
daí me lembro de uma vida toda que poderia ter sido e que não foi. suspiro distraio e reparo no matagal nas ilhas entre as ruas. nunca vi numa cidade matagais tão generosos como os que crescem ao redor da marginal Tietê. dou um sorriso pela civilização, um abraço imaginário no matagal.
olho as nuvens, não chove nem faz sol. essa umidade de abril, essa nuvem empoeirada de fumo, ninguém te tira, minha cidade.
Um comentário:
é assim que me sinto quando na bandeirantes, voltando de jundiaí, vejo aquela coisa megalomaníaca que é são paulo. coisa linda!
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